terça-feira, 1 de junho de 2010

Apresentações de Trabalhos no GT de Arqueologia

A Semana de humanidades é um evento tradicional no calendário da UFRN e fundamental para a confluência das atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão do CCHLA, a Semana de Humanidades, ao longo de suas dezessete edições, tem contribuído para a consolidação dos projetos dos departamento que integram este Centro e tem, sobretudo oferecido uma primeira oportunidade a muitos de nossos alunos para ingressarem no intercâmbio científico que caracteriza a vida acadêmica.
Para manter esse lugar de destaque, entretanto, é necessário saber renovar-se com o tempo, assumindo uma configuração mais adequada ao seu público. Por essa razão, a 18º edição da Semana de Humanidades propõe à comunidade do CCHLA um novo formato,mais dinâmico e menos extenso que os anteriores,porém igualmente aberto à participação de todos, com as mesmas exigências de qualidade.
O GT "A arqueologia e suas possibilidades: temas, modelos e análises" se Coordenado pelo professor Roberto Airon Silva (UFRN), abordará questões conforme o tema com apresentações de trabalhos já realizados na área acadêmica e outros ainda em andamanto. Um dos trabalhos que será apresentado para os ouvintes é da Proponente Dra. e professora, Francisca de Souza Miller (UFRN). Atualmente atua na coordenação do NAVIS (Núcleo de Antropologia Visual), junto com a Dra. e Professora Lisabete Coradini. Francisca, que realiza projetos na área da pesca, trabalha na pesquisa de Título " ESTUDOS ETNOGRÁFICOS DE ALGUMAS COMUNIDADES PESQUEIRAS DO RIO GRANDE DO NORTE E VISINHANÇAS, estará apresentando, neste Gt, a exposição do resultado do seu trabalho sobre materiais líticos denominado "ANÁLISE DE PADRÕES DE USO-DESGASTE EM INSTRUMENTOS LÍTICOS EXPERIMENTAIS: BAIXA MAGNIFICAÇÃO". Para entender melhor o que será exposto na semana de humanidades, Francisca Miller abordará a seguinte questão: através de muitos anos de experiência no campo e no laboratório, sentimos a importância de se ter meios para induzir a função de instrumentos pré-históricos na base de características internas intersubjetivamente observável. Aprofundamos-nos nos trabalhos feitos pelos dois pesquisadores mais importantes na área de uso-desgastes lítico: Sergei Semenov e Lawrence Keeley, e assim resolvemos trabalhar num aspecto relativamente negligênciado nas pesquisas, ou seja, a análise de sinais de uso a baixa magnificação. Até o final da década de 80, não tínhamos ainda um acervo de sinais de uso que servisse para estabelecer uma tipologia de diferentes espécies de uso-desgaste associados especificamente com as diferentes espécies de atividades insdustriais envolvendo a pedra, para poder comparar com exemplos pré-históricos, para daí deduzir a operação industrial (atividade) na qual determinado instrumento pré-histórico participou. A presente comunicação tem como objetivo apresentar alguns resultados de um estudo cujo propósito foi de testar a viabilidade de construir, empiricamente, um acervo de espécies de uso-desgaste reconhecíveis a baixo grau de magnificação (25 a 120 vezes) experimentalmente no laboratório. Isto para servir de padrão para comparação com instrumentos pré-históricos semelhantes. A foto a seguir, mostra o instrumento utilizado pela professora para observar o desgaste no gume do instrumento de pedra produzido em laborátorio.

Foto: Francisca S. miller

A semana de Humanidade acontecerá nos dias 07/06 a 09/06 de 2010. O GT de Arqueologia acontecerá no auditório A no CCHLA. Contará também com outras apresentações:

Título do Trabalho: Aspectos das estratégias e Práticas dos Estudos Arqueólogicos
Proponente: Tom O. Miller - Instituição: Antropologia – UFRN
Resumo Programático: Num trabalho de cunho didático, após apresentar conceitos fundamentais usados na pesquisa arqueológica, o autor aborda questões de Metodologia, com ênfase nas estratégias quantitativas de análise de dados. Em seguida trata de estratégias metodológicas no trabalho de campo e do laboratório e, a operacionalização da análise arqueológica. Finalmente, em anexo, apresenta um caso concreto da aplicação dessa estratégia a uma pesquisa de arqueologia histórica de carimbos postais como patrimônio histórico;
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Título do Trabalho: A morte dos testemunhos: Um estudo do vandalismo em necrópoles pré-históricas paraibanas.
Proponentes: Thomas Bruno Oliveira e Liélia Barbosa Oliveira.
Instituição: UEP
Resumo Programático: A Paraíba é um estado rico no tocante ao patrimônio arqueológico, dentre os inúmeros vestígios, encontramos as necrópoles indígenas. Geralmente no interior de furnas, estes lugares são descobertos fortuitamente por caçadores e pastores de caprinos e guardam testemunhos da cultura material de povos que habitaram a nossa região por milênios. No entanto, constatamos que todas as necrópoles recentemente escavadas na Paraíba tiveram um mesmo ponto em comum: já haviam sido anteriormente perturbadas ou depredadas por vândalos. Estes, movidos por curiosidade leiga ou simplesmente por barbarismo, destruíram páginas inéditas da pré-história regional, que jamais poderão ser reconstituídas. Este trabalho denuncia a destruição do patrimônio arqueológico existente no Estado, uma importante ferramenta didática que em seu estado natural serviria para a compreensão deste insondável passado. Palavras-chave: Patrimônio-Pré-história-Vandalismo.
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Título do Trabalho: VESTÍGIOS LÍTICOS COMO FONTE NA HISTÓRIA E ARQUEOLOGIA: UM ESTUDO DOS LÍTICOS POLIDOS NORTE-RIO-GRANDENSES
Proponente: Luiz Carlos Medeiros da Rocha
Instituição: UERN
Resumo Programático: O estudo e análise dos vestígios líticos se tornaram uma importante fonte da Pré-história, utilizados nas pesquisas históricas e arqueológicas em todo o mundo, e vem se ampliando cada vez mais, em particular, no nordeste brasileiro. Este trabalho pretende apresentar os resultados parciais da nossa pesquisa de conclusão da graduação, que busca relacionar os vestígios líticos como uma fonte. Utilizamos como objeto de estudo duas coleções de líticos polidos do estado, uma do Museu História Lauro da Escóssia (MHLC), em Mossoró, e a outra em Santana do Matos, tombada pelo Laboratório de Arqueologia O Homem Potiguar (LAHP), buscando entende-las através da comparação, e também como uma fonte histórica e também arqueológica. O grande número de peças, principalmente do MHLC, e a correlação entre as coleções, tem nos mostrado uma cerca homogeneidade sobre a matéria-prima, e também em relação à morfologia em se tratando de alguns instrumentos identificados. Nesse sentido, buscaremos com o fim da pesquisa, uma ampliação do ainda inexpressivo número de estudos sobre lítico polido do Rio Grande do Norte, contribuindo assim, para os estudos históricos e arqueológicos da pré-história potiguar.
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Título do Trabalho: Arqueologia e análise iconográfica: máscaras e retratos funerários do Fayum Romano
Proponente: Marcia Severina Vasques
Instituição: UFRN
Resumo Programático: A região do Fayum constituiu na Antiguidade em um importante foco de contato entre gregos, egípcios e romanos. O material funerário desta localidade egípcia, entre o final do período ptolomaico e a época de dominío romano (séculos I a.C. - III d.C.), aponta a presença de elementos icongráficos, de cunho religioso, que remonta à tradição faraônica,mas que, no decorrer do tempo, sofreram alterações conforme o estilo da arte greco-romana. Pretendemos discutir, por meio da análise iconográfica de determinadas peças, como a sociedade egípcia de então se colocava frente à sua antiga tradição e as adaptações realizadas fruto do contato com habitantes gregos e, posteriormente, romanos do Fayum.
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Título do Trabalho: A Bíblia como importante Fonte Histórica para mapeamento dos sítios Arqueológico-Históricos do Século XIX visando uma busca das origens européias no Oriente Próximo.
Proponente: Jonatas Ferreira de Lima
Instituição: UFRN
Resumo Programático: Diante das novas concepções intelectuais do século XIX, arqueólogos e historiadores buscaram no (Antigo) Oriente Próximo a origem da grande e desenvolvida Civilização européia ocidental. Essa civilização dever-se-ia enquadrar nos principais estudos da época, como: “Modos de Produção e Sociedade de Classes” (marxismo), “Política e Arquitetura” (positivismo). Desde o século XIX, arqueólogos trabalham em conjunto com historiadores. Isso pode gerar os seguintes questionamentos: Mas que fontes históricas eles utilizariam para desenvolver tal empreendimento? Quais conceitos definiriam ou explicariam essa “civilização oriental” para se chegar a um consenso? O que levou os europeus ocidentais a buscarem essas origens? Porque “Oriente Próximo”? Próximo de que ou quem? Quem auxiliaria os historiadores a formular este conhecimento? Quem são os estudiosos deste assunto? Esses estudiosos se prendiam ao estudo das civilizações tradicionais do Oriente Antigo? À luz dessas questões, como a Bíblia Sagrada ajudou todos estes empreendedores a chegar a um entendimento que levaria aos mais diversos conceitos que mudariam o modo de compreender este mundo tão enigmático do Oriente Próximo? Era a Bíblia, a única fonte para compreensão deste oriente? O campo de estudos da História tem ampliado seus horizontes, tomando uma dimensão que o torna presente nas mais variadas ações humanas no tempo, desde uma carta privada a um discurso público. O uso da Bíblia como fonte, objetivará proporcionar uma melhor compreensão do que seria ser um arqueólogo e/ou um historiador diante dos enigmas do Oriente Próximo no século XIX.
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Postado por Cláudio Rogério
Bolsista da Base NAVIS
UFRN

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