segunda-feira, 28 de setembro de 2009



Natal
07-11/out - Auditório SEBRAE 120 lugares - Av. Lima e Silva, 76
Lagoa Nova (84) 3616-7944

07/10 - quarta

13h
MOKOI TEKOA PETEI JEGUATÁ – DUAS ALDEIAS, UMA CAMINHADA - Arial Duarte Ortega, Germano Beñites, Jorge Morinico (Brasil, 63 min, 2008, doc)
DE VOLTA À TERRA BOA - Mari Corrêa, Vincent Carelli (Brasil, 21 min, 2008, doc)
PRÎARA JÕ, DEPOIS DO OVO, A GUERRA - Komoi Paraná (Brasil, 15 min, 2008, doc)
Classificação indicativa: livre

15h
NUNCA MAIS!!! COCHABAMBA, 11 DE JANEIRO DE 2007 - Roberto Alem (Bolívia, 52 min, 2007, doc)
DAYUMA NUNCA MAIS - Roberto Aguirre Andrade (Equador, 30 min, 2008, doc)
Classificação indicativa: livre

17h
À MARGEM DO LIXO - Evaldo Mocarzel (Brasil, 84 min, 2008, doc)
Classificação indicativa: livre

19h
SENTIDOS À FLOR DA PELE - Evaldo Mocarzel (Brasil, 80 min, 2008, doc)
PUGILE - Danilo Solferini (Brasil, 21 min, 2007, fic)
Classificação indicativa: livre

21h - Sessão de abertura
CORUMBIARA - Vincent Carelli (Brasil, 117 min, 2009, doc)
Classificação indicativa: livre

08/10 - quinta

13h
PRO DIA NASCER FELIZ - João Jardim (Brasil, 88 min, 2006, doc)
Classificação indicativa: livre

15h – Audiodescrição
O SIGNO DA CIDADE - Carlos Alberto Riccelli (Brasil, 96 min, 2007, fic)
* Sessão com audiodescrição para público com deficiência visual
Classificação indicativa: 16 anos

17h
CRUELDADE MORTAL - Luiz Paulino dos Santos (Brasil, 92 min, 1976, fic)
ESTRELA DE OITO PONTAS - Fernando Diniz e Marcos Magalhães (Brasil, 12 min, 1996, fic/ani)
Classificação indicativa: 16 anos

19h
UNIDADE 25 - Alejo Hojiman (Argentina / Espanha, 90 min, 2008, doc)
COCAIS, A CIDADE REINVENTADA - Inês Cardoso (Brasil, 15 min, 2008, doc)
Classificação indicativa: 16 anos

21h – Audiodescrição
NÃO CONTE A NINGUÉM - Francisco J. Lombardi (Peru / Espanha, 120 min, 1998, fic)
* Sessão com audiodescrição para público com deficiência visual
Classificação indicativa: 18 anos

09/10 - sexta

13h
YÃKWÁ, O BANQUETE DOS ESPÍRITOS - Virgínia Valadão (Brasil, 54 min, 1995, doc)
A ARCA DOS ZO’É - Dominique Tilkin Gallois, Vincent Carelli (Brasil, 22 min, 1993, doc)
O ESPÍRITO DA TV - Vincent Carelli (Brasil, 18 min, 1990, doc)
Classificação indicativa: livre

15h
TAMBÉM SOMOS IRMÃOS - José Carlos Burle (Brasil, 85 min, 1949, fic)
Classificação indicativa: livre

17h
O REALISMO SOCIALISTA - Raúl Ruiz (Chile, 52 min, 1973, fic/doc)
AGARRANDO PUEBLO (OS VAMPIROS DA MISÉRIA) - Carlos Mayolo, Luis Ospina (Colômbia, 28 min, 1978, fic)
Classificação indicativa: 16 anos

19h
DEVOÇÃO - Sergio Sanz (Brasil, 85 min, 2008, doc)
PHEDRA - Claudia Priscilla (Brasil, 13 min, 2008, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

21h
GARAPA - José Padilha (Brasil, 110 min, 2008, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

10/10 - sábado

13h
TAMBORES DE ÁGUA: UM ENCONTRO ANCESTRAL - Clarissa Duque (Venezuela / Camarões, 75 min, 2008, doc)
ALÉM DE CAFÉ, PETRÓLEO E DIAMANTES - Marcelo Trotta (Brasil, 15 min, 2007, doc)
TARABATARA - Julia Zakia (Brasil, 23 min, 2007, doc)
Classificação indicativa: livre

17h
HISTÓRIAS DE DIREITOS HUMANOS – vários diretores (diversos países, 84 min, 2008, doc/fic)
Classificação indicativa: 16 anos

19h
BAGATELA – A NECESSIDADE TEM CARA DE CACHORRO - Jorge Caballero (Colômbia / Espanha, 74 min, 2008, doc)
MENINO ARANHA - Mariana Lacerda (Brasil, 13 min, 2008, doc)
MENINOS - Gonzalo Rodríguez Fábregas (Uruguai, 14 min, 2008, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

21h
ENTRE A LUZ E A SOMBRA - Luciana Burlamaqui (Brasil, 150 min, 2007, doc)
Classificação indicativa: 16 anos

11/10 - domingo

13h
O SIGNO DA CIDADE - Carlos Alberto Riccelli (Brasil, 96 min, 2007, fic)
OS SAPATOS DE ARISTEU - René Guerra (Brasil, 17 min, 2008, fic)
Classificação indicativa: 16 anos

15h
TRAGO COMIGO – Parte 1 (capítulos 1 e 2) - Tata Amaral (Brasil, 96 min, 2009, doc/fic)
Classificação indicativa: 16 anos

17h
TRAGO COMIGO – Parte 2 (capítulos 3 e 4) - Tata Amaral (Brasil, 96 min, 2009, doc/fic)
Classificação indicativa: 16 anos

19h
ESSE HOMEM VAI MORRER - UM FAROESTE CABOCLO - Emilio Gallo (Brasil, 75 min, 2008, doc)
CONTRA-CORRENTE - Agostina Guala (Argentina, 9 min, 2008, fic)
PARTIDA - Marcelo Martinessi (Paraguai, 14 min, 2008, fic)
Classificação indicativa: 16 anos

21h
O CAVALEIRO NEGRO - Ulf Hultberg, Åsa Faringer (Suécia / México / Dinamarca, 95min, 2007, fic) Classificação indicativa: 14 anos

* O formato de exibição dos filmes é DVCAM.

Esta postagem foi retirado do site:
http://www.cinedireitoshumanos.org.br/2009/index.php

Postado por:
Cláudio rogério
Bolsista do Núcleo NAVIS
DAN
UFRN

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

“TEMPORALIDADE PESQUEIRA E ESPAÇOS FEMININO E MASCULINO EM GANCHOS”




Rose Mary Gerber*
Por: Claudia Juliette*

Neste trabalho, a autora desenvolve cinco tópicos sobre a apropriação dos espaços e papéis femininos e masculinos, bem como a negociação existente entre eles, tendo como objeto a comunidade pesqueira de Ganchos. Reconstrói o imaginário que permeia a temporalidade da comunidade, em ritmos de calmaria e agitação, chegada e partida.
A realidade de Ganchos é relacionada à pesca, seja artesanal ou industrial. A vida dura da pesca acaba por construir ideais de gênero na comunidade pesqueira, sendo a figura masculina admirada por sua virilidade em frente às adversidades do trabalho no mar, e a feminina como a mulher reclusa que fica a espera de seu marido, assumindo todas as responsabilidades do lar em sua ausência.
A autora deixa claro uma divisão social/sexual dos espaços, criando uma visão de gênero estratificada do mundo, atividades e espaços bem definidos à homens e mulheres. O espaço feminino é o da casa, meio que assegura a honra feminina. Ao homem caberia o espaço da rua, onde ocorre sua socialização com os companheiros. Desde cedo esta ambivalência espacial x sexual é convencionada nos indivíduos, o menino aprende os segredos do trabalho que proverá sua futura família, em contrapartida, a menina é instruída para realizar as atividades domésticas e serviços. Ainda que as mulheres tenham participação no ofício da pesca, através do trato do pescado, não possuem reconhecimento na profissão, por não serem elas as desbravadoras marítimas. O universo feminino seria o âmbito do lar, o masculino do mar.
Traçando um paralelo com o Trabalho etnográfico da pesquisadora Carmem Rial (1991), a sociedade é apresentada como produtora do espaço, e este por sua vez, modelador da sociedade.
“A sociedade é produto simbólico, mas o simbólico é produtor do social.”
(Lévi-Strauss)
Além das diferentes apropriações do espaço, há também maneiras distintas, segundo cada gênero, de identificação com o ritmo em Ganchos. Quando os homens estão embarcados, a comunidade fica no ritmo calmo, as mulheres ocupam-se de seus afazeres, tanto as atividades domésticas, quanto os serviços que cabem aos homens (já que estão na ausência destes), período de celibato e esquecimento sexual, devido à ausência de seus maridos.
Em contrapartida, este é o momento de agitação dos homens, que vão à busca do sustento da família lutar contra as adversidades do mar. É hora se sua afirmação pessoal, em quanto homem, enquanto chefe da família.
Quando os homens regressam, ocorre uma inversão rítmica, é hora das mulheres estarem agitadas com a chegada, preparando recepção e as festividades, passam a exercer as ditas “atividades femininas”, e dão licença para que a presença masculina realize também seus ofícios em casa, provendo sua mulher e filhos, realizando a manutenção da estrutura doméstica. É chegado o tempo da calmaria masculina, o descanso dos turbilhões marítimos, o momento de sociabilidade com os colegas pelas ruas de Ganchos, os “heróis” regressam ao lar.
Desse modo apresenta-se à vida em Ganchos, oscilações rítmicas e espaciais, temporalidade fásica como os elementos cósmicos, girando a vida dos Gancheiros, e permitindo a nós, observadores dessa realidade, o espetáculo extraordinário de manifestação dos ciclos da vida.


*Rose Mary Gerber é Mestre em Antropologia Social pela UFSC-Universidade Federal de Santa Catarina, trabalha com populações tradicionais, destacando-se as comunidades indígenas e pesqueiras.
* Cláudia Juliette é participante do Núcleo NAVIS e estudante de graduação do curso de Ciências sociais.


Referências:

GERBER, Rose Mary. "Temporalidade pesqueira e espaços feminino e masculino em Ganchos". In: pesca e turismo: Etnografias da globalização no litoral do Atlântico Sul/ (ORG) Carmem Rial e Matias Godio, Florianópolis: NUPPE/CFH/UFSC, 2006. p. 113-128.


Postado por:
Claudia Julitte
DAN
UFRN

Minha lista de blogs

Leia em outra língua.

Pesquisar este blog